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Historia de Crateús

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História

As terras de Crateús, ao sul da Serra da Ibiapaba (Serra Grande), e às margens do rio Poty, eram habitadas pelos índios Karatis, antes da chegada dos portugueses e bandeirantes no século XVII.

Com o sucesso da economia do mercantilismo, a vila piauiense de Piranhas destaca-se como entreposto comercial comunicando o Ceará e o Piauí, devido ao acidente geográfico (boqueirão) entre a Serra Grande e a de Ibiapaba, facilitando o tráfego entre os dois estados.

A vila Príncipe Imperial (hoje cidade de Crateús) integrou o estado do Piauí até o ano de 1880, quando foi anexada ao território do Ceará, como resultado da solução encontrada para o litígio territorial entre esses dois estados. O Ceará reconheceu a jurisdição do Piauí sobre o município de Amarração (Luís Correia) e em troca o Piauí ofereceu dois importantes municípios piauienses: Independência e Príncipe Imperial.

Com a expansão da Estrada de Ferro de Sobral-Camocim para o Piauí, em 1911, as terras de Crateús foram cortadas pela ferrovia e, em 1912, duas estações de trem foram construídas no município: Crateús e Sucesso, e depois outras estações foram construídas em: 1916 Poti, em 1918 Ibiapaba, em 1932 Oiticica e Santa Terezinha.

Devido ao acidente geográfico, o canyon do rio Poti, que corta a Serra da Ibiapaba (Serra Grande), uma conexão natural entre Ceará e o Piauí, o mercantilismo entre os dois estados e o crescimento ao redor da estrada de ferro, Crateús desenvolveu-se como centro urbano e comercial no qual diversos grupos étnicos estão presentes, tanto etnias indígenas (Tabajara, Potyguara, Calabaça, Kariri, Tupinambá) como de descendentes africanos (Quilombos: Queimadas).

 

Coluna Prestes – Passagem dos revoltosos

 

Coluna Prestes – Crateús combateu os revoltosos

O ano era 1926, o cenário: Crateús, interior do Ceará. Esse foi o exato período que ficaria marcado para sempre na história da cidade, a passagem dos marchantes da coluna prestes aqui em Crateús.
Esse acontecimento trouxe a Crateús: tensão, pavor, extremo medo a todos que por aqui moravam na época. Crateús realmente estava prestes a deixar de ser aquela pacífica; tranquila cidade e seria destaque na história do Ceará e do Brasil. Homens que há vários meses percorriam Brasil à fora, em marcha constantes sem pausas longas para descanso, viam agora a nossa Crateús como único alvo. O verdadeiro objetivo daquela revolta era tomar a cidade por completa, na bala,todas as nossas terras seriam dominadas.

O Padre Geraldo Oliveira Lima relata: "Era entre os dias 13 e 14 de janeiro de 1926 quando o destacamento liderado pelo coronel João Alberto chegou na região de Crateús. A presença dos militares revoltosos nas terras tinha como único objetivo visitar uma cunhada do coronel João Alberto que residia em Crateús. Sabendo deste fato, o governo encaminhou à cidade todo o policiamento existente no Estado. Eram mais de 500 homens armados à espera dos revoltosos".

Conta também que o primeiro contato dos revoltosos foi feito pelo capitão Pretinho que, vestido de mendigo, entrou na cidade para ver o que estava acontecendo. "O momento do confronto foi na madrugada, entre os dias 13 e 14 de janeiro. Mas quem atirou foram os policiais que estavam armados até os dentes", conta.

Conflito

Em Crateús, a história registra o combate que ficou conhecido pela população como "A Passagem dos Revoltosos", que, acirrado, culminou na morte do tenente Tarquínio e do cabo Antônio Cabeleira, dois dos componentes do movimento armado. Os revoltosos, comandados pelo líder revolucionário Luís Carlos Prestes, passaram pela cidade de Crateús em 15 de janeiro de 1926, chefiados pelo capitão João Alberto.

A caminhada de Prestes percorreu 25 mil quilômetros e mobilizou mais de 1.500 homens. O único conflito aconteceu nas terras de Crateús, onde cerca de 500 policiais aguardavam armados o grupo de Prestes. O monumento na Praça Gentil Cardoso marca a passagem da Coluna pela cidade e há também os túmulos dos revoltosos, onde estão sepultados os dois soldados mortos no conflito. O local, porém, não é preservado.

 

Centenário da aparição da Santa 

 

Arco de Fátima ganhou imagem das crianças pastorinhas em alusão ao centenário da aparição da Santa

Imagem da Nossa Senhora de Fátima saiu de Portugal para cruzar cidades brasileiras. Em Crateús, devotos impediram que ela deixasse a cidade até que todos a venerassem de perto. 

"A cidade estava lotada, nunca tinha se visto uma multidão tão grande em Crateús até então. Veio gente de cidades vizinhas, da zona rural; a pé, a cavalo, que era o transporte da época. Estava todo mundo preparado para ver a santa", conta o pesquisador Flávio Machado.

O escritor, membro da Academia de Letras de Crateús, conta a história no livro "Crateús - Lembranças que marcaram história" com base em suas lembranças - ele tinha oito anos quando a santa foi "presa" - e em pesquisas nos registros que padres e bispos fizeram sobre o causo. Para ele, o que ocorreu foi um ato de devoção à Nossa Senhora, mas o caso repercutiu de forma sensacionalista, e os católicos da cidade ganharam a fama de carcereiros da santa.

A santa desfilou pela cidade em um Jeep aberto, do campo de pouso de aeronaves até o Arco de Fátima, no Centro da cidade, inaugurado na data da visita da santa, conforme o registro no livro. Quando chegou à igreja matriz, a fila de fiéis para se aproximar da imagem dobrou quarteirões.

A prisão

A imagem da santa foi impedida de deixar a cidade, em parte, pela vontade de os fiéis a tocarem e se aproximarem. "O povo não se conformou e queria um prazo maior, inclusive as autoridades presentes: o juiz de direito, o promotor de Justiça, João Afonso de Almeida, então prefeito de Crateús, o delegado e outras pessoas influentes", registra o livro Crateús, lembranças que aquecem o coração. Mas a fama de aprisionamento da santa veio após uma ação do padre da diocese local, padre Palhano Sabóia.

"O padre Palhano queria cumprir o cronograma e mandar logo a santa para Tauá, que era a próxima cidade que a santa devia ir, mas a santa já tinha chegado atrasada a Crateús, e a maioria das pessoas ainda não tinha chegado perto da imagem. Anoiteceu e as pessoas não tinham se aproximado da santa. Os fiéis - que aqui nós temos uma tradição católica muito forte – queriam venerá-la de perto", lembra Machado.

"Quando anoiteceu e as pessoas ainda não tinham liberado a santa para ir a outra cidade, o aviador que ia levar a santa disse que não tinha mais condições de pousar, porque na pista de pouso de Tauá não tinha iluminação na época. Resultado: a santa teve que pernoitar em Crateús", explica Machado.

"O padre Palhano ficou irritado", continua o escritor, "passou um telegrama para o dom José Tupinambá da Frota, bispo de diocese de Sobral: 'Bispo, o povo está prendendo a santa, não soltam ela da cidade!'"

A prisão da santa frustrou os fiéis de Tauá, que também haviam preparado uma recepção fervorosa e tiveram que aguardar até o dia seguinte para reverenciá-la de perto.

O castigo

Ainda conforme o escritor, a prisão da santa irritou também o bispo, que mandou fechar a igreja de Crateús como forma de castigo por restringir as viagens da santa conforme o cronograma.

"Bispo Tupinambá deixou a igreja fechada por alguns dias e mandou tirar todas as hóstias consagradas do local. O padre Bonfim [então padre da igreja matriz de Crateús], muito triste, foi para paróquia mais próxima, a de Senador Pompeu, deixar as hóstias."

O fechamento da igreja, no entanto, não foi o pior castigo para os católicos da cidade. Pelas décadas seguintes, os cristãos de Crateús ficariam conhecidos como "os devotos que prenderam a santa".

Crateús é um município brasileiro e uma das cidades mais importantes e antigas do Estado do Ceará, desenvolvendo-se às margens do Rio Poty, está localizada na região dos Sertões de Crateús, sendo a décima segunda cidade mais populosa do estado, tendo 75.074 mil habitantes pela estimativa do IBGE do ano de 2019. Popularmente conhecida como Capital do Oeste, constitui-se numa cidade com expressiva importância regional, destacando-se na tradicional função de comercialização de produtos rurais, provenientes do desenvolvimento da agricultura familiar, com destaque para a grande produção de milho e feijão, no sopé dos ricos vales da região, geograficamente cortada pelo rio Poti e pela Serra Grande. Crateús sedia uma unidade do Exército Brasileiro, (40º BI - Batalhão de infantaria), uma base regional do Samu e abriga a Reserva Natural Serra das Almas.
O município está entre as 50 melhores cidades do interior parar se morar, segundo a Revista Exame. Assume postura de Capital Regional já que por além de ser uma economia em ascensão no interior nordestino, é também um centro universitário em expansão, e tem o maior centro de saúde dos Sertões de Crateús. Seu clima é tipicamente tropical, quente e seco. Crateús está localizada a 350 quilômetros de Fortaleza, o acesso rodoviário é feito pela pela BR-316 ou pela BR-020.
A administração municipal localiza-se na sede: Crateús. O primeiro prefeito foi Tomás Catunda Filho (1912-1915). Seu atual prefeito é Marcelo Machado.

Marcelo Machado, Atual Prefeito de Crateús

Clima

Tropical quente semiárido, com chuvas concentradas de janeiro a maio e temperatura média compensada anual de 27 ºC.

Cultura

Os principais eventos culturais são:

Carnafolia, em fevereiro;
- Feira de Negócios Agropecuários (FENAC) em maio;
- Festivais de Quadrilhas Juninas, em junho;
- Dia do Município (6 de julho);
- Festival de Teatro Amador, geralmente em julho;
- Festejos do Distrito de Assis, em agosto;
- Festejos do Distrito de Montenebo, em setembro;
- FENECRAT, em outubro;
- CARNACRAT, Micareta de Crateús, em novembro;
- Festa do Padroeiro: Senhor do Bonfim, em dezembro;
- Festa do Natal, na praça Gentil Cardoso, em dezembro.

Dados do Município
Aniversário: 6 DE JULHO DE 1832. Fundação: 02/12/1889. Gentílico: CRATEUENSE. Unidade Federativa: CEARÁ. Mesorregião: SERTÕES CEARENSES. Microrregião: SERTÃO DE CRATEÚS. Distância para a capital: 350,00km.

Dados de características geográficas
Área: 2.985,41km². População estimada: 75074 habitantes. Altitude: 274 metros. Clima: semiárido.

Educação Superior

Possui 03(três) Faculdades Públicas, sendo uma estadual e duas federais, além de outros polos particulares.
- Centro Universitário Internacional (Uninter);
- Faculdade Integrada da Grande Fortaleza (FGF);
- Faculdade Princesa do Oeste (FPO);
- Instituto Federal do Ceará(IFCE);
- Polo autorizado da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA);
- Universidade Estácio de Sá (ESTÁCIO);
- Universidade Estadual do Ceará (UECE);
- Universidade Federal do Ceará (UFC);
- Universidade Norte do Paraná (Unopar). 

 
Acontecimentos e Locais Históricos

 

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    Reforma do Aeroporto

    No dia 21/02/2020 foi entregue a reforma do aeroporto de Crateús e lançamento do voo comercial de Crateús a Fortaleza.

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    Feira de Agricultura Familiar

    Nas sextas-feiras existe a Feira de Agricultura Familiar de Crateús.

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    Barragem de Crateús

    É o reservatório de abastecimento de água da cidade de Crateús.

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    Rodoviária

    Endereço: Av. Sargento Hermínio, 521, São Vicente.

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    Igreja Imaculada

    Rua Imaculada Conceição - Cidade Nova.

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    Igreja Matriz

    Praça da Matriz.

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    Teatro Rosa Moraes

    Endereço: Praça Gentil Cardoso, Centro, Crateús.

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    Ginásio Municipal Deromi Melo

    Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 1679, Altamira.

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    Biblioteca Municipal

    Endereço: Rua Francisco Sá – Centro.

      

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